A Região Norte do Brasil surpreende pela riqueza natural, cultural e histórica. Leia este post e descubra as razões para visitá-la!
Admirar paisagens naturais deslumbrantes, mergulhar em águas cristalinas, conhecer a maior floresta tropical do mundo, praticar esportes radicais, fazer um tour por monumentos importantes e presenciar festas culturais marcantes. Você já pensou em fazer tudo isso sem sair do país? Na Região Norte do Brasil, é possível!
Em um canto brasileiro com tantos encantos, o que não faltam são atividades para fazer e pontos turísticos para visitar e se surpreender com a riqueza natural e cultural do país. Com certeza, trata-se de uma experiência inesquecível e diferente de tudo o que você já viu.
Sentiu um gostinho e quer conhecer mais sobre essa região brasileira que guarda tantas maravilhas? Então, continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber para viajar para lá!
A Região Norte do Brasil é pouco explorada e acaba sendo excluída das opções de destinos nacionais de grande parte dos turistas. O que muitas vezes não se sabe é que a localidade oferece atrativos fascinantes, que vão desde a vida natural até as grandes construções das cidades.
Portanto, viajar para o norte do país é uma oportunidade de ter contato com ares, horizontes, pessoas e culturas diferentes de tudo o que você e muitos conhecidos já presenciaram. Afinal, já se imaginou no meio da Amazônia, tendo contato com plantas e animais que talvez você nem conheça?
Já pensou em visitar uma praia banhada por um rio que é tão bonita que foi apelidada de Caribe Amazônico? Por falar nisso, o que acha de ver com os próprios olhos o encontro das águas de dois importantes rios brasileiros que correm lado a lado, sem se misturar?
E que tal conhecer uma festa folclórica que é símbolo da região? Melhor ainda é poder visitar grandes monumentos que representam a cultura e mercados que movimentam a economia e o turismo no norte brasileiro.
Ou seja, razões para ir até lá e viver essas e muitas outras experiências não faltam! E a oportunidade de fazer isso longe dos grandes e movimentados centros urbanos é excelente para quem quer descansar de verdade!
O Jalapão conta com paisagens tão fascinantes que já foi, inclusive, pano de fundo para uma novela. E não é para menos, já que a riqueza natural do local formado por cinco áreas de conservação, incluindo um parque estadual de mais de 34 mil km² de extensão, proporciona cenários de tirar o fôlego.
São muitas formações rochosas, serras que mais parecem savanas, chapadões de arenito com 1.000 metros e dunas de até 40 metros de altura que formam um ambiente semelhante a um deserto. Por outro lado, em meio ao calor forte, há também belíssimas cachoeiras e piscinas naturais de águas cristalinas, além das águas do Rio Novo, para você admirar e se refrescar.
Para se aventurar, há opções de trilhas para fazer a pé ou de bicicleta. Também são oferecidas atividades aquáticas, como canoagem, rafting, boia cross e acquaride, além de rapel pelas cachoeiras. Por falar nelas, há muitas quedas d’água, dentre as quais se destacam a da Fumaça, a do Soninho, a da Formiga e a da Talha do Brejo do Boi.
Há, ainda, os fervedouros — poços de água azul translúcida que brotam das areias claras. O curioso é que, em razão da pressão que exercem, é impossível afundar neles, devido ao chamado fenômeno da ressurgência.
A chegada ao Jalapão se dá pela cidade de Ponte Alta, um dos oito municípios que rodeiam a região, que fica a cerca de 190 km de Palmas, capital do Tocantins. O acesso não é dos mais fáceis, sendo recomendável fazer o trajeto até lá com um veículo 4×4.
Para quem procura programas mais culturais e cheios de histórias, o Teatro Amazonas é uma ótima opção! Construída em 1896, durante o ciclo da borracha, a edificação inspirada na arte barroca e no rococó representa toda a riqueza que circulava em Manaus naquela época.
Trata-se de uma construção grandiosa e com muito luxo, composta por matéria-prima da Europa, mas agraciada com a pintura do artista pernambucano Crispim do Amaral.
Em seu salão principal, há mais de 700 cadeiras, divididas entre a plateia, as frisas e os camarotes, para que o público possa apreciar uma boa música durante as apresentações da Orquestra Filarmônica do Amazonas, além de outras atrações.
O espaço interno do teatro é composto por enormes lustres que agregam ainda mais valor ao ambiente já luxuoso. A decoração fica por conta de esculturas que representam os rostos de personalidades como Mozart, Beethoven e William Shakespeare. Há, também, ornamentos e imagens de máscaras, simbolizando o drama e a comédia da arte grega.
Ao olhar para cima, é impossível não notar a imponente cúpula trazida da França e anexada ao topo da construção.
De dentro do teatro, a impressão que se tem é de estar vendo a Torre Eiffel por baixo. Do lado de fora, o que se vê é uma verdadeira obra de arte, composta por 35 mil peças de telhas cerâmicas esmaltadas e vitrificadas que formam as cores e os símbolos do Brasil.
Outra importante edificação da Região Norte do Brasil que também foi construída no período do ciclo da borracha, em 1878, e que carrega muita história e cultura é o Teatro da Paz. Ele fica em Belém, no Pará, foi a primeira casa de espetáculos da Amazônia e é, ainda hoje, o maior teatro da região.
O local já contou com 1.100 lugares. Hoje, são “apenas” 900 assentos. Em sua decoração, é possível admirar belos lustres de cristal, obras de arte, esculturas banhadas em folhas de ouro, entre outras belezas.
Com arquitetura inspirada no Teatro alla Scalla de Milão, na Itália, a sua estrutura é composta por matérias-primas importadas. Entre elas, é possível observar peças de mármore italiano e de ferro fundido da Inglaterra, estátuas em bronze, lustres franceses e pisos feitos de pedras portuguesas.
Contudo, nem só de elementos estrangeiros é composto o teatro. É claro que uma construção considerada um dos teatros-monumentos do país também tem “a cara do Brasil”, abrigando bustos em mármore de carrara que representam os escritores Gonçalves Dias e José de Alencar.
Considerado um dos mercados públicos mais antigos do país e um dos maiores da América Latina, o Mercado Ver-o-Peso também fica em Belém, capital paraense.
O nome curioso da construção se deve ao fato de ter havido na localidade, no século 17, um posto de fiscalização e de cobrança de tributos da coroa portuguesa, chamado de Casa de Haver o Peso, que funcionou até meados de 1839. Por ele passavam os produtos que eram comercializados na região para serem pesados.
No entanto, a antiga casa foi demolida e, em 1847, deu lugar ao Mercado de Peixe e de Carne, também conhecido como Mercado Municipal ou Mercado Bolonha.
Já o prédio de metal que abriga parte do comércio foi inaugurado em 1901. Trata-se de um edifício recheado de estabelecimentos que funcionam das 6h às 14h e nos quais se pode encontrar de tudo. Do lado de fora, uma feirinha mantém o seu funcionamento durante todo o dia.
No local, você pode conhecer de perto e se encantar pelo artesanato da região. É possível ainda saborear frutas, peixes e pratos típicos do Pará, como o tacacá e a maniçoba. Lá, você também vai encontrar raízes, ervas, óleos medicinais e muito mais.
A Região Norte do Brasil realmente encanta em cada detalhe e, no fenômeno do encontro das águas, é a natureza que se encarrega disso.
Estamos falando do encontro entre os rios Negro, de cor mais escura, e o Solimões, em tom de barro, que compõem a maior bacia fluvial do mundo e que correm lado a lado, sem se misturar. Isso ocorre devido à diferença de velocidade, de acidez e de temperatura entre eles.
Para poder ver esse fenômeno acontecer, é preciso ir até Manaus. Da terra, é possível observar esse fato curioso do alto da falésia conhecida como Mirante da Embratel, localizada no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona leste da capital amazonense. No entanto, o local é de difícil acesso, sendo recomendável a presença de um guia para chegar até lá.
Se você quiser conferir o fenômeno de perto, deve pegar um barco. Para ter uma experiência ainda mais surpreendente e senti-la na pele, experimente tocar nas águas, com a embarcação em velocidade reduzida. Você vai notar que o quente da água escura se contrapõe à baixa temperatura da de cor marrom.
Localizado na tríplice fronteira entre o Brasil, a Guiana e a Venezuela, o Monte Roraima é um platô que forma um dos pontos mais elevados do país, com 2.734 metros de altura. Ele é da época pré-cambriana, período geológico que antecedeu o surgimento da vida animal no planeta.
Lá, você pode encontrar formações rochosas, lagos, cachoeiras e uma variedade de animais e plantas endêmicas da região. O clima é quente e úmido, com temperaturas que variam entre 24 e 26 °C.
A visita deve ser acompanhada por guias e o acesso somente é feito pela cidade de Santa Elena de Uairén, na Venezuela. Vans oferecem o trajeto por terra, saindo de Boa Vista, até o local. A viagem dura em torno de 2 horas. Depois, é necessário pegar um veículo com tração 4×4 para seguir viagem até a aldeia de Paraitepuy.
A partir de então, inicia-se uma caminhada de 3 dias até o topo. Por isso, você deverá estar preparado para acampar no meio do caminho e também lá em cima, dentro de cavernas.
Geralmente, são percorridos 10 km por dia. Para descer, você vai gastar uns 2 dias andando. O melhor período do ano para visitar esse ponto turístico que tem apenas 5% de seu território em solo brasileiro é de setembro a março, quando as chuvas são menos frequentes.
Ainda na onda das trilhas e do contato com a natureza, o Parque Nacional da Neblina é um local da Região Norte que merece a sua visita. A área de conservação localizada na cidade de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, possui mais de 2 milhões de hectares e abriga a montanha mais alta do Brasil, com aproximadamente 2.995 metros.
O Pico da Neblina fica no Planalto das Guianas e é formado por rochas cristalinas. Em seu entorno, há serras, morros, algumas depressões, rios e cachoeiras.
Sua fauna e sua flora são típicas do bioma da Amazônia, apresentando grande diversidade. Por lá, predominam os climas tropical úmido e tropical de altitude, com temperaturas elevadas devido à proximidade com a Linha do Equador. Porém, no topo, os termômetros podem chegar a 0 °C.
O Parque é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e é controlado, pois a região abriga grandes riquezas naturais, além de 13 etnias indígenas. As expedições até o topo devem ser feitas a partir de um planejamento, com acompanhamento das comunidades indígenas e monitoramento dos órgãos competentes.
Você já pensou em conhecer uma praia em que, no lugar de um mar, há um rio de águas cristalinas? Em Alter do Chão isso é possível. Localizado em Santarém e banhado pelo Tapajós, o lugar é paradisíaco, motivo pelo qual é visitado por brasileiros e estrangeiros, que podem chegar lá por meio de barcos ou de avião.
Além do banho no rio, faça passeios de lanchas e barcos pelo Lago Verde, também chamado de Mata Encantada. Ali, você vai encontrar águas quentes e translúcidas. Se preferir, pratique caminhadas ecológicas e conheça de perto a riqueza natural da região.
Na localidade, há uma aldeia de pescadores e a infraestrutura é bastante completa, contando com hotéis e pousadas, restaurantes, agências de turismo, postos de saúde e barracas nas praias que oferecem comidas típicas. A arte em Alter do Chão também encanta, tanto nas lojas de artesanato quanto no Centro de Preservação da Arte e Cultura Indígena.
Lá você também pode conferir festas culturais e religiosas, como o Sairé, evento que ocorre na segunda quinzena de setembro. Ao som do carimbó, você vai poder conferir uma programação que inclui procissões e manifestações folclóricas. Há, ainda, o Sairódromo, uma espécie de arena onde os visitantes podem assistir à disputa entre os blocos representantes dos botos tucuxi e cor-de-rosa.
Considerada a maior ilha fluviomarinha do mundo, a Ilha de Marajó é outro destino muito interessante da Região Norte do Brasil. Ela fica no Pará, no encontro entre os Rios Amazonas, Pará e Tocantins com o Oceano Atlântico. A ilha é composta por 12 municípios, sendo Breves a sua capital. Soure e Salvaterra são as cidades mais procuradas pelos turistas.
O melhor período para visitá-la é o inverno, entre junho e janeiro, porque a chuva é frequente ao longo dos outros meses, alagando quase 2/3 da ilha. Para chegar lá, você vai precisar partir de Belém, capital paraense, e optar entre uma balsa, um barco rápido ou um avião.
Para se divertir e conhecer a história da região, há vários atrativos turísticos. Na própria Soure, vale a pena conferir a Fazenda São Jerônimo, que oferece trilha e passeio de canoa até a Praia do Goiabal, além de uma caminhada no meio do mangue. Em Joanes, visite as ruínas de uma igreja construída pelos jesuítas no século 17 e depois dê uma caminhada para apreciar as belezas da sua praia.
Se o que você quer é estar em contato de verdade com a Floresta Amazônica, a aventura na selva vai realizar o seu sonho. Na companhia de um guia, você poderá caminhar pelas matas e fazer um passeio de canoa pelos riachos que as cortam.
Aproveite a oportunidade para observar a pesca de piranhas e aprender sobre a fauna e a flora da região, incluindo as plantas medicinais amazônicas. O pôr do sol na localidade é um espetáculo à parte. No período da noite, há uma expedição para observar jacarés.
Este, que é um dos maiores arquipélagos de águas fluviais do mundo, possui cerca de 400 ilhas e fica próximo ao município de Novo Airão, no Rio Negro, a 100 km de Manaus. Ele fica dentro do Parque Nacional de Anavilhanas, uma unidade de conservação federal administrada pelo ICMBio.
O acesso à região pode ser feito de carro particular, em um trajeto que dura, em média, 2h30, por meio de estradas asfaltadas. Se preferir, vá de táxi-lotação, alternativa geralmente oferecida na subida da Ponte Rio Negro.
Da rodoviária de Manaus saem ônibus executivos que levam até 4 horas para chegar ao destino. Os barcos e lanchas rápidas também são opções e exigem 9 e 3 horas de viagem, respectivamente.
A ocorrência de chuvas na região é bastante alta, predominando nos meses de outubro a março. Nos períodos de vazante, os turistas podem desfrutar de belíssimas praias de areias brancas e verdadeiras esculturas formadas pelas raízes e pelos troncos das árvores.
Você já pensou em passar algumas noites na Floresta Amazônica? Dormir e acordar com o som da natureza e se alimentar perto das ricas fauna e flora são experiências que todo mundo deveria experimentar.
Há opções para todos os gostos, dos mais sofisticados aos mais rústicos, proporcionando uma vivência diferente aos turistas. Mas lembre-se: a melhor época para se hospedar no coração da floresta é de junho a dezembro, quando a chuva é menos frequente.
Para quem curte uma aventura, o arvorismo é uma atividade bastante interessante. Para fazê-la, basta percorrer 35 km a partir da capital amazonense e adentrar o coração da Floresta Amazônica. Lá você poderá subir e caminhar sobre árvores de até 60 metros de altura. Já imaginou?
Antes de praticar o esporte, pesquise bastante e contrate uma empresa que ofereça equipe capacitada para isso. Além disso, exija os equipamentos de segurança.
Para se refrescar e admirar a força da natureza, visite as cachoeiras da região amazônica. Grande parte delas está na cidade de Presidente Figueiredo, a 133 km de Manaus. As do Santuário, Iracema, Urubuí e Pedra Furada merecem a visita e, claro, um mergulho. Algumas exigem deslocamento de carro ou caminhada em trilhas, mas todas valem muito a pena!
Os turistas que não abrem mão do conforto e gostam de uma viagem de cruzeiro precisam experimentar esse. São oferecidos três roteiros partindo de Manaus. Dependendo da sua escolha, a viagem pode durar de 3 a 7 dias.
Ao longo do trajeto feito pela embarcação, os passageiros aproveitam festas e shows, além de visitas às vilas e aldeias indígenas locais. As atividades na natureza incluem caminhadas, pesca recreativa de piranhas e observação de jacarés e botos.
Sem dúvidas, uma das principais características da cultura brasileira, principalmente da Região Norte do país, é o folclore. A expressão mais forte dele, no estado do Amazonas, é o Festival de Parintins. Ele acontece todos os anos, no fim do mês de julho, na cidade que dá o nome à festividade, localizada na margem direita do Rio Amazonas.
O Bumbódromo, nome popular atribuído ao Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes, é o local responsável por sediar a celebração. São 3 dias de apresentações, nas quais dois grupos — Boi Garantido e Boi Caprichoso — disputam entre si a partir de alegorias e da dança, de maneira semelhante ao que se vê nos sambódromos.
Os desfiles fazem referência aos ritos e à história dos nativos, engrandecendo e difundindo a cultura local. O espetáculo conta a história do boi mais belo de um rebanho que foi morto por Pai Francisco, para satisfazer Mãe Catirina, grávida de um filho seu. Após descobrir o acontecimento, seu amo manda prendê-lo e convoca um pajé e um pároco.
Ambos conseguem reanimar o animal e, após o pedido de perdão de Francisco e sua esposa, promove-se uma grande festa. Ou seja, trata-se de um evento grandioso, a partir de um pano de fundo simples, mas bastante representativo da cultura local. Tal fato explica a curiosidade de tantos turistas em presenciá-lo.
Se você estava procurando um lugar diferente e rico em natureza, história e cultura, vai encontrá-lo na Região Norte. Lá estão as maiores bacias hidrográficas e vegetações brasileiras, além de picos, montanhas e diversidade em vida animal.
O contexto urbano também não deixa a desejar, já que as construções, a comida e os hábitos locais são os grandes atrativos de cidades como Manaus.
Quem quer fugir do comum e viver algo novo precisa conhecer as belezas da Região Norte do Brasil. Essa também é uma maneira de abrir a mente e se redescobrir a partir do contato com outros estilos de vida. Basta escolher algumas das várias opções de passeios, visitas e atividades listadas acima e se encantar. Depois, ficarão na memória as lembranças e muita história para contar!
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